Elogio à Preguiça

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Cheguei a uma conclusão: o mundo precisa de gente preguiçosa. Calma, não mude de página, permita-me explicar!

Não me refiro àquele cidadão corpo-mole, indolente, que faz as coisas de má-vontade e empurra as coisas com a barriga. Esse tipo, erroneamente, leva a fama de preguiçoso. Mas na verdade, seria mais correto chamá-lo de procrastinador, displicente ou desleixado, mas nunca, de preguiçoso.

Estou falando do verdadeiro preguiçoso, o preguiçoso inovador, criativo.

Por definição, preguiça é o oposto da vontade de trabalhar. Nada aborrece mais um bom preguiçoso do que trabalho repetitivo e vazio, ele abomina burocracias e trabalhos burros. O mestre na arte da preguiça é alguém que encontra uma forma de fazer o que precisa ser feito trabalhando o mínimo possível.

Um preguiçoso eficaz na arte da preguiça faz muito bem feito desde a primeira vez, faz melhor e de forma mais criativa, pois mal feito, corre o risco de ter que fazer novamente. E retrabalho é trabalho demais.

Um bom preguiçoso, usa sua criatividade e a inovação pra dar um jeito de não trabalhar mais do que o necessário. Pensa em novas formas, cria, inventa, pensa fora da caixa, para não desperdiçar seu precioso suor.

Um bom preguiçoso não tem preguiça de pensar: e como cuida do seu tempo produtivo como um bem precioso, consegue muito mais tempo do que as outras pessoas para pensar. E pensa, obviamente, em novas formas de não trabalhar. Quanto mais pensa, menos trabalha.

E você? É um bom preguiçoso?

ASSUNTOS: inovação / carreira

por Michael Cardoso
Co-fundador e diretor de operações da JExperts

 
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